Freund confirma que espera visitar Belgrado em breve e encontrar-se pessoalmente com o presidente Vučić.
Artigo original do Jerusalem Post
O presidente sérvio Aleksandar Vučić homenageou o fundador e presidente da Shavei Israel, Michael Freund, por seu trabalho na promoção das relações Israel-Sérvia, na sequência de uma recomendação da Associação de Comunidades Judaicas da Sérvia e da Associação de Jornalistas da Sérvia (UNS).
Vučić concedeu a Medalha de Ouro do Mérito a Freund, que também é colunista do Jerusalem Post e presidente da Associação de Amizade Israel-Sérvia.
O Retorno dos Bnei Anussim – Conferência moderada por Michael Freund.
Esta conferência foi projetada e criada para lançar luz sobre esta jornada tão importante e muitas vezes pouco conhecida dos “Retornados ao Judaísmo”, os Bnei Anussim de Portugal e Espanha.
Um perito israelense em demografia estimou em 200 milhões os descendentes dos judeus do tempo da Inquisição. Esta quantidade tão grande de pessoas impõe pensamentos sérios e questões sobre como ajudar esses Filhos da Inquisição a retornar.
A inspiração para esta conferência vem da jornada pessoal única da organizadora, Miriam Shiloh, uma descendente judia dos Anussim de Portugal.
Esta conferência É GRATUITA, mas para participar precisa se registrar aqui:
https://www.returnofbneianousim.com/ ou aqui: https://www.trybooking.com/BOCMY
Depois de um voo noturno longo e cansativo, o grupo de novos imigrantes saiu do avião da El Al e desceu as escadas lentamente, com os sentidos aguçados pelo frio da manhã e pela consciência de que seu sonho tão acalentado estava a tornar-se realidade.
Ao chegarem a terra, ao pisar na terra de seus ancestrais após séculos de exílio, muitos se ajoelharam e beijaram apaixonadamente o chão, agradecendo em voz alta ao Criador por tê-los trazido para casa, para Sião. Certamente, mesmo o mais duro dos corações não poderia deixar de se emocionar por essa poderosa imagem, como uma cena forjada com tons bíblicos que ganhou vida.
Na manhã desta terça-feira passada, um grupo de 250 Bnei Menashe do nordeste da Índia pousou no Aeroporto Ben Gurion em um voo especial, fretado e organizado pela Shavei Israel, a organização que fundei e presido, em conjunto com o Ministério da Aliá e Absorção. Depois de passar pela conversão formal pelo Rabinato Chefe de Israel, os imigrantes se mudarão para Nof HaGalil, anteriormente conhecido como Nazaré Ilit.
Os Bnei Menashe são descendentes da tribo de Manassés, uma das Dez Tribos Perdidas exiladas da Terra de Israel há mais de 2.700 anos pelo Império Assírio.
Apesar de terem estado separados do resto do povo judeu durante tanto tempo, os Bnei Menashe continuaram a preservar os costumes de seus antepassados, observando o Shabat, guardando a kashrut e aderindo às leis de pureza familiar. Nunca se esqueceram de quem eram ou de onde vieram, nem de onde um dia desejavam voltar.
Depois de terem sido descobertos na década de 1980 pelo falecido Rabino Eliyahu Avichail, os Bnei Menashe abraçaram o Judaísmo Ortodoxo contemporâneo.
Até agora, mais de 4.000 Bnei Menashe fizeram aliá graças em grande parte à Shavei Israel. Outros 6.500 Bnei Menashe permanecem na Índia aguardando a oportunidade de imigrar para o estado judeu.
O grupo de 250 pessoas que fez aliá no início desta semana foi o primeiro a chegar em dois anos e meio, e o seu regresso está repleto de comoventes histórias pessoais.
Na verdade, esse número de 250 esconde mais do que revela, porque por trás desses dígitos estão seres humanos vivos, que respiram, sendo cada um deles um mundo em si mesmo, com as suas esperanças, paixões e sonhos.
Entre eles está Miriam Singson, uma viúva do estado indiano de Manipur, junto com seu filho Tzadok e sua filha Rina. Miriam tem outros dois filhos que fizeram aliá há vários anos e esta semana ela pôde ver seus seis netos israelenses pela primeira vez.
Outra reunião comovente aconteceu com a aliá de Yaffa Haokip e seus dois filhos pequenos, Alon e Hanan. Os pais de Yaffa, Neemias e Nirit, se mudaram para Israel há 13 anos e ela não os via desde então, nem eles tinham tido a oportunidade de conhecer seus próprios netos.
E temos também Azaria Kolny, que viveu em Israel nas últimas duas décadas e me disse antes desta aliá: «É muito difícil acreditar que terei a oportunidade de abraçar meu querido filho e sua família depois de um longo intervalo de 20 anos. Estou muito feliz e em choque… Não consigo nem expressar quais são os meus sentimentos.»
A retoma da imigração Bnei Menashe não teria sido possível sem a determinação da Ministra da Absorção e Aliá, Pnina Tamano-Shata. Praticamente desde o dia em que assumiu seu posto, ela assumiu a responsabilidade de fazer todo o possível para obter as aprovações necessárias para o retorno dos Bnei Menashe.
Os Bnei Menashe podem não falar iídiche ou ladino, comer gefilte fish ou apreciar cholent, mas isso de forma alguma os torna menos parte do destino judaico. Eles são uma bênção para Israel e o povo judeu, e devemos fazer tudo ao nosso alcance para reuni-los à nossa nação.
Vem mesmo a propósito que a aliá Bnei Menashe tenha ocorrido na semana passada durante Chanukah, quando celebramos a descoberta, por parte dos Hasmoneus, do frasco milagroso de azeite puro que de alguma forma conseguiu permanecer imaculado. Nesse sentido, a redescoberta da tribo perdida de Bnei Menashe, que manteve sua fidelidade ao De’s de Israel apesar de 27 séculos no exílio, é uma versão moderna do milagre de Chanuka, da fé e sobrevivência judaicas contra todas as probabilidades.
2020 foi um ano de turbulência, incerteza e dificuldades. Por isso, ao chegarmos ao fim do ano, é bom poder celebrar um momento verdadeiramente comovente e especial na história sionista e judaica.
No entanto, mesmo enquanto saboreamos o momento, nos recusamos a esquecer aqueles que ficaram para trás e que ainda estão esperando para fazer aliá. Com a ajuda de De’s, faremos tudo ao nosso alcance para garantir que todos os 6.500 Bnei Menashe restantes possam chamar Israel de seu lar. Que isso aconteça em breve.
O escritor é o fundador e presidente da Shavei Israel, que ajuda tribos perdidas e comunidades judaicas ocultas a retornar ao povo judeu. O artigo foi publicado originalmente no The Jerusalem Post.
Tradução do artigo publicado a 10 de Setembro de 2020 no website Jewish Press
A ministra israelita da Aliá e Integração, Penina Tamanu-Shata, disse a Michael Freund numa reunião recente que está a avançar com os planos para que outros 722 membros da comunidade Bnei Menashe do nordeste da Índia se mudem para Israel.
Nas últimas duas décadas, Freund – fundador e presidente da Shavei Israel – tem estado na vanguarda dos esforços para ajudar os Bnei Menashe, que afirmam ser descendentes de uma das Dez Tribos Perdidas, a retornar ao povo judeu. Na verdade, graças em grande parte aos esforços da Shavei Israel, mais de 4.000 Bnei Menashe estão agora vivendo em Israel.
Freund, que cresceu em Nova York, é formado pela Princeton University, tem um MBA da Columbia University e é coautor de dois livros.
The Jewish Press: Quem são exatamente os Bnei Menashe?
Michael Freund: Os Bnei Menashe são descendentes da tribo de Menashe, uma das Dez Tribos Perdidas que foram exiladas da Terra de Israel há mais de 27 séculos pelo Império Assírio. Residem atualmente na parte nordeste da Índia, principalmente no estado de Mizoram e Manipur, ao longo das fronteiras com a Birmânia e o Bangladesh.
Apesar de terem vagado no exílio durante tanto tempo, nunca se esqueceram de quem eram ou de onde vieram, e nunca se esqueceram de para onde um dia esperavam voltar: Sião. Incrivelmente, apesar de estarem separados do resto do povo de Israel durante tantas gerações, eles apegaram-se à sua identidade, continuaram a praticar o judaísmo e nunca perderam a fé de que acabariam por se reunir com o resto do povo judeu.
Quantos Bnei Menashe existem e que tipo de judaísmo praticam?
Até agora, fomos abençoados em ter traziso mais de 4.000 Bnei Menashe em aliá para Israel, e ainda há outros 6.500 na Índia à espera para vir. Os Bnei Menashe estão espalhados por mais de 50 comunidades em todo o nordeste da Índia, cada uma com a sua própria sinagoga.
Durante séculos, eles praticaram uma forma bíblica de judaísmo, guardando o Shabat, comendo casher, celebrando os festivais e seguindo as leis de pureza familiar. Quando foram descobertos pelos britânicos, há mais de um século, ainda realizavam os rituais dos sacrifícios.
Curiosamente, não conheciam Purim ou Chanucá, festas que comemoram eventos ocorridos séculos depois de os seus antepassados terem sido exilados. Na década de 1980, quando pela primeira vez estabeleceram contato com o falecido Rabino Eliyahu Avichail, de Jerusalém, adotaram o Judaísmo Ortodoxo contemporâneo, que praticam fielmente até hoje.
Visitei as suas comunidades na Índia inúmeras vezes e é realmente uma visão extraordinária. Todos os homens usam yarmulkes e muitos têm tsitsit pendurados por baixo das camisas, e as mulheres vestem-se com recato.
Como é que você se envolveu com os Bnei Menashe?
Fiz aliá de Nova York em 1995, e, quando Benjamin Netanyahu foi eleito primeiro-ministro em 1996, fui nomeado vice-diretor de comunicações do Gabinete do Primeiro-Ministro, sob a direção de David Bar-Illan, de abençoada memória.
Um dia, na primavera de 1997, chegou um pequeno envelope cor de laranja dos líderes da comunidade Bnei Menashe, dirigido ao primeiro-ministro. Passou pela minha secretária, por isso eu abri o envelope e li a carta. Era um apelo muito emotivo, pedindo que os Bnei Menashe pudessem voltar a Israel após 2.700 anos.
Para ser sincero, ao princípio pensei que era uma loucura. Mas havia algo muito sincero e sentido na carta, por isso decidi respondê-la. Então, quando me encontrei com membros da comunidade e aprendi mais sobre a sua história, tradições e costumes, fiquei convencido – por mais fantasioso que possa parecer – de que eles são de fato os nossos irmãos perdidos e que tínhamos que os ajudar.
Então comecei a lutar contra as barreiras da burocracia e providenciei para que grandes grupos de Bnei Menashe fizessem aliá.
Todos os aceitam como judeus?
Em 2004 abordei o Rabino Chefe Sefardita de Israel, Shlomo Amar, e pedi-lhe que estudasse o assunto. Depois de o estudar, o Rabino Amar declarou, numa reunião em março de 2005, que os Bnei Menashe são «Zera Yisrael» – descendentes de Israel como grupo coletivo – mas que, por terem estado separados do resto do povo de Israel por por tanto tempo, cada indivíduo teria que passar por um processo formal de conversão, que é exatamente o procedimento que é seguido até hoje.
Todos os 4.000 Bnei Menashe em Israel foram convertidos pelo Rabinato Chefe de Israel, por isso são tão judeus quanto você ou eu.
É fascinante que um grupo que esteve isolado durante tanto tempo esteja agora voltando para Israel.
Basta abrir qualquer um dos livros dos Profetas e verá que todos falam da reunião dos exilados, incluindo Judá e Israel – ou seja, as Dez Tribos Perdidas de Israel. Isaías diz: «E acontecerá naquele dia que se tocará um grande shofar e virão aqueles que tinham sido espalhados na terra da Assíria» (27:13). Esta é uma referência explícita às tribos que foram exiladas pelos assírios.
E em Jeremias (3:18), Hashem promete que «Naqueles tempos, a casa de Judá caminhará com a casa de Israel e virão juntas de uma terra do norte para a terra que dei a vossos antepassados por herança.»
O retorno dos Bnei Menashe, que são descendentes da casa de Israel, é o início do cumprimento dessas promessas milenares. Portanto, acredito que é um passo significativo no processo da redenção.
Como descreve a sua integração na sociedade israelita?
Graças a D’us, no geral, tem sido um sucesso. A maioria dos imigrantes Bnei Menashe tem pelo menos o ensino médio [também chamado ensino secundário], alguns têm diplomas de universidades indianas e muitos falam inglês. Todos eles têm smartphones na Índia, por isso estão familiarizados com os costumes ocidentais e acompanham de perto as notícias de Israel.
Todos os rapazes da comunidade servem nas FDI, muitos deles apresentando-se como voluntários em unidades de combate de elite. Um número crescente de jovens da comunidade formou-se em faculdades israelitas, em cursos que variam de serviço social a engenharia, e alguns jovens receberam ordenação rabínica.
Obviamente, como novos imigrantes, eles enfrentam muitos desafios, mas os Bnei Menashe são sionistas e judeus praticantes e estão determinados a que as coisas resultem.
Quando fará aliá o próximo grupo de Bnei Menashe?
No meu recente encontro com a ministra da Aliá e Integração, Penina Tamanu-Shata, ela deixou claro que deveríamos começar os preparativos para trazer em novembro o primeiro grupo de 250 imigrantes de um total de 722 que foram aprovados. O restante virá em 2021. Mas depende, é claro, do financiamento.
Pelo acordo com o governo, a Shavei Israel deve cobrir diversos custos, como a passagem aérea e todo o transporte dos Bnei Menashe da Índia para Israel, que ascendem a USD $ 1.000 por imigrante. Portanto, precisamos de angariar os fundos necessários.
Para além dos Bnei Menashe, você trabalha também com outras comunidades «perdidas». Pode contar-nos um pouco sobre essas outras comunidades?
Eu fundei a Shavei Israel com o objetivo de estabelecer contacto com tribos perdidas e comunidades judaicas ocultas e ajudá-las a se reconectarem com as suas raízes. Além dos Bnei Menashe da Índia, trabalhamos há muitos anos com os judeus chineses de Kaifeng, na China; os Bnei Anussim (ou «Marranos») de Espanha, Portugal e América do Sul; os judeus ocultos da Polónia, do Holocausto; os judeus Subbotnik da Rússia, e outros.
Fazemos isto porque sinto que temos a responsabilidade histórica, moral e religiosa de ajudar a retornar aqueles que antes fizeram parte do nosso povo. Como sabemos, o povo judeu, nos últimos 2.000 anos, foi perseguido e torturado, massacrado e expulso mais do que qualquer outra nação da Terra. Ao longo do caminho, muitas pessoas foram arrancadas de nós, mas de alguma forma conseguiram preservar um sentido de consciência ou conexão judaica.
E nas últimas décadas, um número crescente de descendentes de judeus tem batido às nossas portas, procurando se reconectar com o povo judeu. Depois de tudo o que os seus antepassados sofreram – seja às mãos da Inquisição, dos comunistas ou dos nazis – como lhes podemos virar as costas?
Quando a diretora de marketing e comunicação da Shavei Israel, Laura Ben-David, se viu viajando para Boca Raton, Flórida, onde vive Simi, a nossa dedicada voluntária, os pais de Simi, Sharon e Steven Langert, abriram a sua casa para receber uma conferência sobre algumas das comunidades perdidas e ocultas com as quais Shavei Israel trabalha.
O seu tópico, «Uma nação, diversas faces», concentra-se em algumas das comunidades que a Shavei Israel ajuda, como os Bnei Menashe na Índia, os judeus ocultos da Polónia e os Bnei Anussim em Espanha, Portugal e América do Sul, e inclui uma bela apresentação multimédia que transporta o público para terras exóticas.
Laura diz que a resposta à sua apresentação foi «realmente positiva. As pessoas que participaram gostaram e ficaram muito empolgadas ao ouvir sobre comunidades cuja existência elas desconheciam completamente.»
Essa foi uma das muitas turnés que Laura fez para a Shavei Israel. Convidar um palestrante da Shavei Israel é uma ótima maneira de trazer conteúdo judaico e israelense para a sua comunidade.
O nosso departamento de oradores dinâmicos, que também inclui o presidente da Shavei Israel, Michael Freund, está pronto para proporcionar ao seu grupo um momento verdadeiramente inspirador, mergulhando profundamente no futuro do mundo judaico.
Para convidar Michael Freund ou Laura Ben-David para o evento da sua comunidade, clique aqui: https://www.jewishspeakersbureau.com/contact-us
Aqui estão algumas fotos da apresentação de Laura: