Shavei Israel abre um novo centro em Kaifeng, China

Shavei Israel abre um novo centro em Kaifeng, China

Brian Blum
22/12/2013

O lugar chamado de “Rua do Estudo da Torá” em chinês foi, durante séculos, o centro da vida judaica na antiga capital da China, Kaifeng. Mas desde 1850, quando a sinagoga foi fechada e o último rabino morreu, o centro “Rua do Estudo da Torá” estava mais para uma lembrança dos dias de glória do que um lugar vivo e vibrante.IMG_20131004_173056-300x2251

Agora, graças a Shavei Israel, a “Rua do Estudo da Torá” tem o potencial de retornar, embora ainda modestamente, a parte de sua antiga glória. No mês passado a Shavei Israel abriu um novo centro para os judeus de Kaifeng em um apartamento pequeno (mas bem decorado) com dois andares e um belo jardim que é caracterizado por uma árvore de ‘Grapefruit’, ao lado da rua com o famoso nome judeu. O novo centro inclui uma grande sala para orações e aulas, uma sala para receber os visitantes da comunidade, uma cozinha, uma sala de jantar e uma sala separada para estudo on-line via Skype.

O centro é dedicado à memória do Sr. Harry Rosenthal, avô do diretor da Shavei Israel, Michael Freund. Rosenthal foi um líder sionista americano e um homem de negócios que viajava para a China com frequência, fazendo com que Freund criasse um interesse no país desde uma idade precoce.

O novo centro em Kaifeng é notável por uma outra razão: repara um cisma que afetou a comunidade nos últimos anos, no momento que haviam duas escolas judaicas operando simultaneamente para uma pequena comunidade de 150 pessoas, concorrendo, assim, pelos alunos. Agora, existe apenas uma escola para todos.

Eran Barzilay é o coordenador da Shavei Israel para a comunidade judaica de Kaifeng. Um israelense que fala chinês e passou o ano de 2010, em Kaifeng como parte de seus estudos no Departamento de Estudos do Leste Asiático da Universidade Hebraica.

Eran descreve algumas das atividades que aconteceram no centro desde a sua criação: “A comunidade se reúne toda sexta à noite para as orações de Shabat seguidas de uma refeição em grupo. Aos domingos, há aulas por Skype, atualmente de Pirkei Avot com Ari Schaffer, que visitou Kaifeng como convidado da Shavei Israel e ensina o grupo, diretamente dos EUA.”

O centro esteve muito ativo durante a festa de Sucot, pois os calendários judaico e chinês coincidiram e as festividades chinesas de Outono caíram junto com Sucot. “Todo mundo estava de férias, voltaram para Kaifeng, celebraram e sentaram-se juntos na Sucá”, disse Barzilay.

Barzilay esteve em Kaifeng para Sucot e levou seu “chavruta” (parceiro de estudo) israelense de sua yeshiva. O chavruta de Barzilay foi bombardeado com questões da lei judaica pela comunidade de Kaifeng (felizmente Barzilay esteve lá para ajudar a traduzir). Seu chavruta, conta Barzilay, ficou “fascinado” pelo fato de que a comunidade judaica na China ainda existe.

Existir, existe, mas já teve uma época muito maior. Alcançou cerca de 5.000 pessoas em seu auge, durante a Idade Média. Judeus chegaram à Kaifeng, originalmente, como mercadores da Pérsia ou do Iraque, através dos negócios pela ‘Rota da Seda’. Mais informações sobre a comunidade e sua história pode ser encontrada em nosso site.

Barzilay, em seu posto na Shavei Israel, divide sua atenção entre as necessidades da comunidade de Kaifeng e os judeus chineses que viajaram para Israel. Isso inclui sete jovens que tiveram seus processos de conversão em Israel recentemente concluídos. Agora, estes sete homens voltarão à China para as primeiras férias desde que começaram o processo formal de conversão ao judaísmo com a ajuda de Shavei Israel há mais de três anos atrás.

Voltar para a China não é tão fácil quanto parece pois, a China não aceita a dupla cidadania, e assim cada um deles deve candidatar-se a um visto de turista padrão. Para a China, eles são agora 100% cidadãos israelenses. A maioria pretende ficar um mês mas um deles deverá ficar seis meses para estudar para ser cozinheiro chefe e abrir um autêntico restaurante de comida chinesa em Israel. A maioria deles servirá algum tempo no exército de Israel quando retornarem ” eles aguardam ansiosamente por isso”, disse Barzilay. ” Eles vêem o exército como uma maneira de se tornar “mais israelenses” e, claro, melhorar o hebraico”.

A comunidade judaica de Kaifeng não é particularmente rica hoje. “Kaifeng, em geral, é uma cidade pobre”, diz Barzilay. A maioria dos judeus aqui têm pequenas lojas têxteis, alguns trabalham no governo e um deles trabalha em um banco.

Também não é fácil praticar o judaísmo em público. A universidade local de Kaifeng oferece especialização em judaísmo mas, diz Barzilay, “Os alunos desta especialização não estão autorizados a reunir-se com os judeus de Kaifeng. Na verdade, é até ilegal para eles dizerem que são judeus. Há 56 minorias na China, mas o judaísmo não é uma delas”.

Barzilay diz que sua experiência com a comunidade de Kaifeng o deixou mais observador, religiosamente. Ele conta a história de um membro da comunidade que começou a comer kosher: “Este homem ia a todos os tipos de reuniões e aí serviam todos os tipos de carne, incluindo carne de porco e até cães (alimento popular em Kaifeng), mas ele diz que não pode pois é judeu. “Quando vi o quanto esforço fazia para comer Kosher na China, eu senti que eu também queria ser assim”.

Parece que o centro “Rua do Estudo da Torá” está, na verdade, voltando a ser aquilo que seu nome representa.

Campanha Kaifeng: A Aliá da China continua! Ajude 5 judeus de Kaifeng a retornar a Israel!

Chinese Jewish men who Shavei Israel helped make aliyah in 2009

Em 2009, a Shavei Israel recebeu permissão para trazer sete jovens judeus de Kaifeng, China, para Israel. Com a ajuda da Shavei Israel em cada passo ao longo do caminho, estas sete intrépidas almas aprenderam hebraico, se aprofundaram em estudos judaicos, formalmente se converteram ao judaísmo e se alistaram nas Forças de Defesa de Israel. Hoje eles estão totalmente integrados na vida israelense, planejando seus próximos passos como cidadãos do moderno Estado judaico.

Levou seis longos anos, com a Shavei Israel lutando inúmeras batalhas nas salas dos inúmeros comitês do Knesset (parlamento israelense), mas estamos animados em poder anunciar hoje que mais cinco judeus chineses, em breve, estarçao a caminho de Israel.

Desta vez, a oportunidade foi destinada a cinco mulheres judias de Kaifeng. Em 2014, os investigadores rabínicos que viajaram para Kaifeng seguindo a petição da Shavei Israel recomendaram ao rabino-chefe de Israel que a Aliá da China fosse retomada. O rabino-chefe enviou o pedido para o ministro do Interior, que já concedeu sua aprovação.

As cinco mulheres jovens, todos na casa dos vinte anos, devem chegar em Janeiro ou Fevereiro. Se tudo correr bem, a porta estará aberta para ainda mais Aliót da China.

A Shavei Israel selecionou as cinco mulheres – Li Yuan, Gao Yichen, Li Chenglin, Li Jing e Yue Teng – com base em seu compromisso ao judaísmo e à comunidade judaica de Kaifeng. Cada uma destas mulheres, e suas famílias, participam regularmente das atividades de Shavei Israel na China, comemorando as festas e aprendendo o hebraico com os emissários da Shavei Israel. Duas das mulheres inclusive já passaram um tempo em Israel.

Estaremos postando os perfis de cada uma das mulheres assim que nos aproximemos da data de Aliá, para que, assim, você também possa conhecê-las melhor. Confira aqui, nas próximas semanas.

O vôo para Israel é apenas o começo de um longo processo para este último grupo de judeus chineses. Ao contrário dos Bnei Menashe, que também têm vindo a Israel em números sem precedentes, devido ao forte lobby da Shavei Israel, os judeus de Kaifeng vêm com um conhecimento muito mais inferior do judaísmo. Como resultado, o tempo que demora desde a sua chegada até completarem o processo formal de retornar ao judaísmo é muito mais longo do que os 3-4 meses que, normalmente demora para os Bnei Menashe. É preciso planejar um processo de 12-18 meses para cada uma destas cinco mulheres.

Este é um empreendimento caro, mas é um que carrega imenso valor. É por isso que pedimos a sua colaboração. Você pode se tornar parte desta última – e talvez mais exótica – reunião dos exilados de Israel.

Precisamos arrecadar US$ 1.100 por mês para cada uma das cinco mulheres – cerca de US$ 20.000 cada, US$ 100.000 no total. Este valor cobrirá sua absorção em Israel, assim como taxas, alojamento e alimentação, enquanto aprendem hebraico e estudam para a conversão.

Em apenas algumas semanas, será Chanuká – a festa das luzes na qual comemoramos o triunfo dos Macabeus sobre os inimigos do povo judeu há mais de 2.000 anos atrás e o milagre do pequeno jarro de óleo que ardeu por oito dias.

Para ajudar um grupo de judeus chineses apaixonados a fazer Aliá para Israel não é apenas uma oportunidade de uma vez na vida, é também um milagre moderno, com todo seu mérito. Agradecemos seu apoio!

Como Wen-Jing se tornou “Shalva”!?

No domingo passado, Jin Wen-Jing, uma estudante de 18 anos, da aldeia de juventude Yemin Orde, esteve em um tribunal de conversão em Haifa sob os auspícios do Rabinato Chefe.

Após administrarem um exame oral destinado a avaliar seu compromisso com o Judaísmo, assim como seu conhecimento na lei e na tradição judaica, os três rabinos que compõem o Beit Din [tribunal rabínico] informaram a Wen-Jing que haviam decidido aceitá-la como uma judia.

Falando em hebraico fluente, Wen-Jing foi rápida em expressar sua alegria e alívio com a decisão do tribunal. “Eu estava muito nervosa, mas agora estou muito feliz”, disse ela. “Este sempre foi o sonho da minha família – voltar às nossas raízes.”

Wen-Jing chegou a Israel há quatro anos com seus pais. Seu pai, Jin Guang Yuan, que agora atende pelo nome de Shlomo, é um descendente direto da comunidade judaica que existiu por quase mil anos, na cidade de Kaifeng.

O pai de Wen-Jing ainda carrega com ele uma cópia de seu cartão de identificação interna chinesa, que lista sua nacionalidade como “Youtai” ou, Judeu. Ele e sua esposa esperam seguir os passos de sua filha e passar pela conversão em breve.

Desde sua chegada a Israel, Wen-Jing estuda em Yemin Orde, sob a orientação do diretor da aldeia de juventude, Dr. Chaim Peri e do Rabino Zev Rubens, um educador que supervisiona o programa de conversão da escola, ambos os que a acompanharam ao Beit Din.

Wen-Jing decidiu adotar o nome ´Shalva´ (serenidade), que é a tradução hebraica de seu nome em chinês. Atualmente, no meio de seus exames de finalização do ensino básico, Shalva, em breve entrará no programa de Serviço Nacional (Sherut Leumi) para meninas religiosas, servindo no Hospital Shaarei Zedek, em Jerusalém.

Por que ela decidiu se converter?

“D’us escolheu o povo judeu para ser o Seu povo, e eu queria ser parte dele”, disse Shalva, sorrindo. “D’us realizou muitos milagres para Israel”, disse ela, acrescentando, “O fato de eu ter chegado aqui da China, e percorrido todo este caminho até aqui, de volta ao meu povo, também é um milagre”!

Os judeus chineses e o poder da unidade judaica

china-150x150Quando o fogo devastador de dezembro atingiu a montanha Carmel, em Israel, a comunidade judaica de Kaifeng, China, ficou perturbada. Mesmo que a maioria da comunidade nunca havia visitado Israel, muito menos a parte norte do país, os judeus de Kaifeng sentiram fortemente que precisavam ajudar da maneira que podiam.

Com o auxílio de Eran Barzilay, um jovem israelense que estudava chinês na Universidade de Henan em Kaifeng, a comunidade decidiu fazer uma doação para o Centro de Juventude Yemin Orde, que estava no epicentro do fogo.
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