Tema: Guiur e/ou Retorno, de acordo com a Halachá!
Descrição: Após receber muitos pedidos, o rabino esclarecerá o tema da conversão de acordo com a lei judaica.
Bem-vindos ao mais novo lar dos Bnei Anussim!
Tema: Guiur e/ou Retorno, de acordo com a Halachá!
Descrição: Após receber muitos pedidos, o rabino esclarecerá o tema da conversão de acordo com a lei judaica.
Se você estiver procurando por um sinal claro de que o povo judeu esta mais dividido do que nunca, você pode simplesmente olhar para as cabeças dos homens.
Andando pelas ruas de Jerusalém, é difícil não notar a variedade de formas, cores e tamanhos de yarmulkes adornando as cabeças dos homens religiosos.
O observador mais atento pode descobrir informações sobre quem usa um quipá, de acordo com o estilo e a localização do solidéu da pessoa.
Um pequeno solidéu bordado na parte superior da cabeça geralmente representa a ortodoxia moderna, enquanto que o tamanho do solidéu bordado de uma tigela de sopa geralmente é preferido pelos sionistas da extrema-direita religiosa, como yeshivot associadas com Merkaz HaRav.
O solidéu preto é a escolha de muitos haredim (ultraortodoxos), no entanto, onde é colocado e se tem uma borda ou não, também podem definir a próprio pessoa.
A camurça é dita ser a mais neutra, sempre que preta ou azul. Qualquer outra cor será imediatamente exposta como uma interpretação mais liberal da halachá (lei judaica).
E a decisão de usar grampos para segurar o kipá no lugar tem muito simbolismo, porque muitas pessoas no mundo das yeshivot veem isso como um sinal “moderno”.
De fato, como ornitologia é para os pássaros e cosmologia para as estrelas, o estudo da kippot, ou “kipotología”, como eu chamo, é para o povo judeu.
E este é precisamente o problema.
Embora possamos acreditar que a quantidade de kippot é um símbolo da diversidade da vida judaica, o triste é que a decisão da pessoa sobre o uso da kipá, tornou-se uma rotulagem do mesmo, levando a outras conclusões, que podem ter pouca ou nenhuma conexão com a realidade.
A kipá que nós escolhemos, não tem nada a ver com o temor a Deus, a sua capacidade intelectual ou a integridade nos negócios, e menos tem a ver com o seu rigor no cumprimento das mitsvot. Julgar um judeu com base no tamanho ou formato do seu kipá não é apenas errado, mas tolo.
A kipá pode indicar como você quer que os outros te vejam ou a que grupo ou ”facção” quer pertencer. Mas qualquer coisa além disso é apenas especulação e nada mais.
De acordo com o Talmud, a cobertura de cabeça deve levar a pessoa a ter consciência de que D’s está acima dele. No Tratado de Kiddushin (31a), Rav Huna, o filho do rabino Yehoshua diz que “não se deve andar 4 côvados sem uma cobertura na cabeça.” Ela diz: “a Presença Divina está na minha cabeça.” Da mesma forma, no tratado de Shabat (156b), a mãe do rabino Nachman, o filho do rabino Isaac, instruiu que “você deve cobrir a cabeça para sentir o medo de D’s”.
Em ambos os casos é evidente que a cobertura para a cabeça é destinada a elevar a pessoa e não servir como uma forma de identificação de um grupo particular.
No entanto, temos a Kipá, e transformamos ela de um objeto espiritual para um definidor de critérios religiosos, diminuindo ela e nossos irmãos judeus no processo.
Por alguma razão, eu não acho que isso é o que os nossos sábios queriam.
Eu sempre vesti meu Kipá como um símbolo de orgulho judaico e uma lembrança das minhas obrigações para com o Criador.
E, sim, também ajuda a cobrir a minha careca.
Mas tudo isso entre D-s e eu. Por que o resto tem que olhar para o meu solidéu bordado e colorido e desenhar todos os tipos de conclusões? No mundo de hoje, o fato de que um judeu escolha uma Kipa para se identificar como tal, já é por si só um ato de coragem e até ousadia. Existem milhares de lugares, desde as ruas de Paris ate a a estrada de Viena, onde a visão de um judeu orgulhoso com seu solidéu, ainda carrega olhos frios.
Então, vamos dar aos nossos amigos judeus o benefício da dúvida, ao invés de separa-los e tentar inseri-los em uma categoria ou outra.
A kipá faz o homem? A resposta, claro, deveria ser óbvio. Aos olhos de D-s o que conta não é o que está em nossas cabeças, mas dentro delas.
É hora de aprender com o Seu exemplo.
Mesa Posta – É o título de um livro onde estão codificados os deveres dos israelitas em todos os atos de sua vida. Esta obra foi feita pelo Rabbi Joseph Ben Ephraim que nasceu em Portugal ou Espanha em 1488 e morreu em Safed (Palestina) em 1575. O sumário desta obra é o seguinte:
A Reza Pessoal
Em artigos anteriores, estudamos a reza”nacional”, focada nas necessidades do nosso povo. Contudo, certamente, existem problemas e questões puramente privadas das quais devemos orar e pedir ajuda ao Criador.
No Talmud, os Sábios nos instruem que podemos, e devemos, adicionar nossos pedidos específicos na reza da Amida. Dependendo da razão de cada um de nossos pedidos, devemos associá-los aos pedidos já existentes da Amida, tornando-os um pouco mais pessoal.
Deste modo, na bênção da saúde, poderíamos acrescentar um pedido de cura para um parente doente, e etc. Cada um dos nossos pedidos deve encontrar um espaço apropriado, e quando não somos capazes de “configurá-lo” corretamente, podemos acresentá-los na bênção final, na qual podemos incluir e adicionar qualquer questão que tenhamos.
Podemos aprender com o Rei David que, ao longo dos Salmos que escreveu, comparou sua situação pessoal com a fase da história nacional, que se desenrolava. Assim, o pedido permanece pessoal, mas é subjugado a uma capacidade nacional. Eu, como parte do povo de Israel, quero que meu povo tenha saúde, e é portanto, é imprescindível que este indivíduo em particular também seja curado e esteja em pleno estado de saúde. Desta forma é possível converter o problema nacional em algo muito mais pessoal, nos envolvemos muito melhor com os passos da história. Já não se trata de um problema abstrato mas sim, torna-se um problema pessoal: é essencial a existência de Saúde no povo e, portanto, o indivíduo deve ser curado.
Todo o dia orando
Tudo isso não nos impede de criar um sistema de conexão com o Criador, que abrange todos os momentos de nossas vidas. Os sábios dizem no Talmud que “oxalá que o homem reze todo o dia”, ou seja, esperamos que possamos ser capazes de manter contato com o Criador durante todos os momentos do dia. Esperamos ser capazes de buscar a verdadeira ajuda aonde realmente podemos encontrá-la.
Qualquer hora e qualquer lugar é adequado para estabelecer contato com o Criador. Qualquer assunto é apropriado: saúde física ou espiritual de um ente querido; pequenos problemas com vizinhos ou parentes; estudo e problemas de aprendizagem; dificuldades financeiras; e etc.
Assim, estabelecemos um contato contínuo com o Criador, algo que deveria ser a maior aspiração de qualquer pessoa, como aprendemos através da história de Yosef. A Torá descreve a vida de um escravo na casa de Potifar exclamando: “Vejo que o Senhor está com você e tudo que você faz, D’us traz sucesso” (Gênesis 39:3). Isso pode ser entendido como uma reação de Potifar às ações de Yosef, que continuamente pedia a ajuda divina em tudo o que fazia, e agradecia ao Criador por cada pequeno sucesso que alcançava.
Bênçãos de agradecimento
Além de pedidos especiais, importantes e indispensáveis existem, também, as bênçãos de agradecimento que preenchem o dia de um judeu.
Existem bênçãos para praticamente tudo. Ao nos levantarmos de manhã, agradecemos ao Criador por haver nos dado um novo dia de vida, devolvendo a alma para o corpo deitado na cama. Agradecemos por abrir nossos olhos todas as manhãs. Agradecemos pelas roupas que nos cobrem, pelos sapatos em nossos pés, pela possibilidade de ser capaz de endireitar-nos e caminhar, de livrar-nos dos laços que nos prendem e que nos permite fazer uso da liberdade que nos concedeu.
Existe uma bênção para quando saímos do banheiro, depois de fazer nossas necessidades corporais: bênção esta que agradece a boa saúde, o bom funcionamento do nosso corpo, mas também a maravilha que representa o fato de que as pessoas são o convívio conjunto de corpo e alma, matéria e espírito , animal e divino.
Na primavera há uma bênção ao ver as flores das árvores e no inverno outras bênçãos ao se ouvir trovões, relâmpagos e arco-íris. Por um terremoto e por uma paisagem de tirar o fôlego, por uma criatura particularmente linda ou uma criatura que tenha sofrido alguma deformidade.
Existem também as bênçãos das quais rezamoscpara que nosso trabalho seja recompensado de maneira positiva e abundante, ou, agradecendo a abundância reservada.
Agradecer e Reconhecer
Nossos Sábios explicam que o nome “judeu” vem de Judá, filho de Yaakov. A Torá explica que o significado do nome é “agradecer”, expressado pela mãe ao ver o recém-nascido. Assim, qualquer judeu deve ser considerado uma pessoa ‘agradecida’.
Na verdade, o verbo “agradecer” em hebraico é idêntico a “reconhecer”. Quando digo “Modê ani” pode significar “Eu agradeço”, ou, pode ser, “Eu reconheço “. Reconhecer que o benfeitor é o Criador, é como agradecer a D’us.
Consequentemente, o judeu é aquele que reconhece que tudo vem d’Ele e é para Ele. Essa é a grande missão do povo de Israel: conectar os pontos de um mundo que parece muito desintegrado e conectá-los com o Criador do Mundo.
Fazemos isso através de todas estas bênçãos. “Você é Aquele que liberta os prisioneiros ”, “que levanta os caídos”, “que cura os doentes”. Do Criador provêm os terremotos e as chuvas. Agradecemos pela comida que comemos, a boa notícia que ouvimos e a oportunidade de celebrar suas festividades.
A intenção direito
O judeu deve aprender todas estas bênçãos, sendo que muitas destas podem pegá-lo de surpresa: de repente viu brilhar um relâmpago no céu nublado, ou um arco-íris a distância. Cada vez que quiser comer ou beber, é necessário reconhecer que tudo vem d’Ele, e não é o resultado de uma coincidência natural.
Ao recitar estas bênçãos, devemos lembrar a intenção adequada, já que um dos maiores perigos é que, depois de algum tempo, as bênçãos possam se tornar uma rotina prejudicial. Devemos preservar a inocência de uma criança nova descobrindo coisas novas, novos mundos em sua vida, e, assim, ir acrescentando sabedoria a experiência sabendo relacionar tudo, com o Criador.
Antes de concluir, é importante observar que a redação das bênçãos inclui o Nome Divino e Seu Poderoso Reinado Sobre o Universo, pois sem estas devidas menções explícitas na bênção, esta perde muito seu valor. Como filhos do povo de Israel, temos conhecimento do nome revelado aos nossos Patriarcas e Profetas, e também reconhecemos Seu completo poder sobre tudo o que acontece no nosso mundo e em qualquer outra galáxia.