Dina Samte, da comunidade Bnei Menashe, recebeu uma honra sem precedentes na comunidade judaica indiana: foi escolhida para acender uma das tochas do Dia da Independência de Israel na cerimônia oficial do estado, que aconteceu semana passada em Jerusalém.
estado de israel
A grandeza de Israel
Escrito por Tzivia Kusminsky nas vésperas do Yom Hatzmaut de 60 anos do Estado de Israel, em 2011
Ontem à noite, a emocionante celebração de Yom Hazicaron teve lugar por todo Israel e, possivelmente, em vários lugares na diáspora.
Soldados valentes e vítimas inocentes de ataques terroristas foram lembrados e suas memórias, foram abençoadas. E sentada em minha casa, no Yishuv Dolev, senti querer compartilhar vários dos pensamentos que me ocorreram.
Israel celebra seu Primeiro Dia da Aliá!
O momento não foi intencional, mas há uma certa presciência ao fato de que no próprio dia das controversas eleições norte-americanas da semana passada, Israel comemorou seu primeiro “Dia da Aliá”, enfatizando a unidade e um senso compartilhado de propósito.
O mais novo feriado no calendário nacional de Israel, instituído pelo Knesset (parlamento israelense) em junho deste ano, tem como significado reconhecer a importância da Aliá para Israel, junto com as contribuições cruciais que os novos imigrantes fizeram no desenvolvimento do Estado Judaico.
Em todo o país, na última terça-feira, 8 de novembro, as escolas realizaram aulas sobre a imigração para Israel, o Knesset organizou reuniões especiais e cerimônias aconteceram na sede do Chefe das Forças de Defesa de Israel e nos escritórios da Polícia de Israel.
O dia terminou com uma reunião no Centro Internacional de Convenções de Jerusalém com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman e a ministra da Imigração e Absorção Sofa Landver, assim como o presidente da Agência Judaica, Natan Sharansky. Os três últimos, sendo, também, imigrantes.
“Assim como eu, centenas de milhares de olim [imigrantes] chegam a Israel todos os anos por causa da mesma sensação de conexão com a pátria”, disse Landver ao Jerusalem Post. “Estou orgulhosa e animada que pela primeira vez, um dia para marcar a Aliá está sendo celebrado em Israel.”
A Shavei Israel em particular aprecia a instituição do Dia da Aliá.
Desde a fundação da organização, temos nos dedicado a promover uma verdadeira reunião internacional dos exilados. Nosso trabalho com comunidades judaicas na Índia, China, Europa e Américas ajudou milhares de judeus a se reconectar com sua herança e sua pátria.
E ainda não terminamos.
Vamos fazer o Dia da Aliá ser real para ainda mais judeus ao redor do mundo. Neste exato momento, 700 Bnei Menashe estão esperando para fazer a aliá. (Visite esta página para fazer sua doação e ajudá-los)
O primeiro-ministro Netanyahu resumiu o significado do dia. Aliá é “o propósito básico do Estado judeu e a realização das profecias bíblicas”, disse. “O povo judeu está retornando à Terra de Israel e construindo nela o Estado de Israel. Este é um grande feriado para todos os cidadãos israelenses, novos e velhos.”
49 Anos Reconstruindo Jerusalém!
A principio o verso do profeta Shmuel (Samuel) discorre sobre os emissários encarregados de realizar um censo do Povo de Israel na época do reinado de David, e que, depois de nove meses e 20 dias, percorrendo toda a terra e contando cada um e um do povo de Israel, enfim, retornaram a capital, a Jerusalém.
Contudo, existe outra maneira de interpretar este verso, como uma profecia de Shmuel sobre os dias que anteciparão a Redenção.
Em 1967, no dia 28 de Iyar, o pequeno exército de Israel vencendo uma guerra histórica contra 6 países árabes, alcança o lugar mais santo do judaísmo e liberta Yerushalaim!
Embora celebramos Yom Yerushalaim (o Dia de Jerusalém) na própria data hebraica da libertação, o dia seguinte – o 29 de Iyar -, seria também propício a comemoração, pois foi finalmente o primeiro dia em que Yerushalaim pertencia, novamente, aos judeus. Assim como em Purim celebramos o dia depois da vitória (“os dias em que repousaram de guerrar com seus inimigos” (Esther 9:22)).
Caso antecipemos 9 meses e 20 dias (como na profecia de Shmuel) de Yom Yerushalaim, alcançaremoso dia9 de Av, o dia em que nos enlutamos pela destruição dos dois templos de Jerusalém e como resultado, a expulsão dos judeus da cidade.
Sabemos, da profecia de Yeshayahu (Isaías 66:10), que:
“Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; enchei-vos por ela de alegria, todos os que por ela se enlutaram”.
Se alegrarão por Jerusalém todos aqueles que por ela se enlutaram! Aqueles sentiram a falta de Jerusalém enquanto estiveram no exílio, se alegrarão ao vê-la novamente nas épocas de redenção!
E assim, entendemos a profecia que trouxemos acima, de Shmuel, da seguinte maneira:
“E (após) percorrerem por toda a terra (pelos quatro cantos do mundo), retornaram, ao final de nove meses e vinte(após terem sentido o luto de Jerusalém em 9 beAv), no Dia de Jerusalém! (o dia que seria conhecido como o Dia de Jerusalém!)”
A relação entre o luto por Jerusalém e a alegria por sua reconstrução, está profundamente conectada! O Talmud explica a profecia acima de Yeshayahu com o famoso dito “Todo aquele que se enluta por Jerusalém, terá o mérito de ver a alegria de Jerusalém!”.
O grande Rabino Kook explica porque o Talmud escreve que aqueles que se enlutam por Jerusalém terão mértio de ver sua alegria e não sua reconstrução – como faria mais sentido no contexto. O Rabino Kook responde que somente aquele que de verdade sentiu a falta de Jerusalém, entendeu sua importância para o Povo Judeu e se aprofundou na necessidade do povo de estar essencialmente conectado com este lugar santo, poderá sentir alegria, comemorando, assim, a construção de Yerushalaim. Pois ver, muitos verão a cidade ser reconstruída (como hoje em dia, o mundo todo vê) mas, infelizmente, não todos se alegrarão e agradecerão a D’s por este grande milagre!
E assim é.
Há 49 anos, de uma maneira totalmente impressionante, Israel venceu uma guerra contra 6 países árabes que preparavam aquilo que seria o segundo grande genocídio do povo judeu em menos de 30 anos.
De maneira milagrosa, o exército de Israel não somente venceu a guerra, como o fez em somente 6 dias, impondo de maneira decisiva a soberania sobre o território e mostrando a todos seus vizinhos – e todo o mundo – que os Filhos de Israel haviam voltado para nunca mais sair.
Evocando uma guerra bíblica, Israel ainda conseguiu garantir um cordão de segurança tanto no norte quanto ao Sul (Golan e Sinai) além de recuperar as cidades santas e históricas de Hevron e a cidade velha de Jerusalém! Finalmente, voltavamos a casa!
Em 1948, os judeus voltavam a Israel, quando ninguém podia entender como um povo praticamente aniquilado podia ter forças de se reerguer e revitalizar um sonho bíblico. O mundo estava em choque, mas entendia que era temporário, como sempre havia sido com os judeus no exílio.
Mas, em 1967, quando voltamos a Cidade Velha de Jerusalém de uma maneira tão milagrosa, o mundo ficou abismado. As profecias dos judeus estavam de verdade se realizando! Os cristãos e os muçulmanos tiveram que sofrer reformas internas dentro de suas ideologias, porque algo estava muito errado no que estava acontecendo.
1967 foi um marco histórico para a humanidade e todos ainda estão tentando entender por que. Mas nós sabemos que arrancar a soberania de Jerusalém dos judeus não representa ao mundo uma “justiça internacional com base na resolução 478 da ONU”. Trata-se de uma tentativa de se auto convencer que, o que está acontencendo com o Povo de Israel não é verdadeiro, que não estão voltando, que suas profecias não estão acontecendo.
E é por isso que nossos sábios definem o exílio do Povo de Israel como um “Chilul Hashem” – uma profanação do Nome Divino. Pois todo o momento em que os judeus estão fracos e dispersos entre as nações, isso dá espaço para outros pensamentos e religões que profanam o Nome de D’s. Mas quando os judeus voltam para sua casa e começam a reconstrui-la, isso é “Kidush Hashem” – Santificação do Nome Divino -. Pois, o mundo começa a perceber que existe somente duas opções, celebrar com o Povo de Israel o começo da redenção, ou guerrear até o ultimo momento tentando provar (a si mesmos) que se trata de mais uma coincidência do destino.
Que saibamos nos alegrar e agradecer a D’s por haver nascido nessa geração, na geração da vitória e não da derrota, da vida e não da morte, da Redenção e nao do Exílio!!
FOTOS: Celebrações de Yom Ha’atzmaut ao redor do mundo
Pedimos à todos os emissários da Shavei Israel ao redor do mundo para compartilhar conosco as fotos de suas comemorações de Yom Ha’atzmaut (o Dia da Independência de Israel). Como celebramos o 68° aniversário de Israel este ano? Confira abaixo este “tour visual”:
Índia
Mais de 200 Bnei Menashe se dirigiram para o centro Beit Shalom da Shavei Israel, em Churachandpur, Manipur para celebrar o Yom Ha’atzmaut. A bandeira de Israel foi içada, o Hatikva foi cantado, e então os Shining Star Kids apresentaram uma dança especial com base no tema do hino nacional de Israel. Na sequência realizaram uma oração para o Estado de Israel e seus soldados e ouviram um discurso do emissário da Shavei Israel para a comunidade, Aharon Vaiphei, sobre o tema “sionismo, a Declaração de Independência e a Terra de Israel”. Logo em seguida, todos cantaram o Kathang’e Kathang’e – canção tradicional dos Bnei Menashe que anseiam a Terra de Israel – antes de desejar um ao outro L’shana Haba B’Yerushalayim – No Ano que Vem em Jerusalém.
Segue abaixo uma seleção de imagens das celebrações em Manipur.
E abaixo algumas fotos das celebrações do estado indiano vizinho, Mizoram.
Enquanto isso, em Erode, os membros do Zion Torah Center receberam um presente especial de Yom Ha’atzmaut: 200 novos sidurim (livros de oração), cortesia da Shavei Israel. Os sidurim foram originalmente impressos para os Bnei Menashe que vivem em Mizoram e são em hebraico com transliteração em Inglês, tornando-os totalmente utilizáveis pela comunidade de Erode. Uma cerimônia foi realizada, onde os membros da comunidade receberam seus novos sidurim. Abaixo, algumas fotos, a maioria com o líder comunitário, Samuel Devasahayam.
Colômbia
Bandeiras em grande quantidade tomaram conta da celebração de Yom Ha’atzmaut com a comunidade de Bnei Anussim, em Bogotá na Colômbia. Houve refeição festiva, orações, aulas e muita música durante toda a festa.
Portugal
A bimá da sinagoga de Belmonte foi coberta com uma bandeira de Israel – de uma maneira exultante e desafiadora, levando em consideração a Inquisição brutal que aconteceu nesta região, meio milênio atrás. Apresentamos algumas fotos que foram enviadas por nosso emissário em Belmonte, o Rabino Elisha Salas.
Polônia
Em Cracóvia, o Rabino Avi Baumol nos contou que liderou uma cerimônia “emocionante e tocante” em Yom Hazikaron – O Dia da Memória aos Soldados que caíram nas batalhas por Israel (celebrado 24 horas antes do Dia da Independência de Israel) – “para 70 pessoas, em sua maioria não-judeus, na Polónia, e entre estes alguns ‘judeus ocultos’. Acendemos velas e falamos sobre todos nossos sacrifícios pela pátria judaica. Lemos a história angustiante, porém heróica, de Dafna Meir como um exemplo do terror que enfrentamos. Pedimos à Roy, um ex-soldado israelense, que acenda velas em sua memória e cantamos o Hatikva [o hino nacional de Israel] todos juntos. ”
El Salvador
O que é mais israelense do que uma pita recheada de falafel e húmus? Que tal uma pita caseira feita pela comunidade de Beit Israel, dos Bnei Anussim de San Salvador? Ainda melhor ver todos comendo e posando com a bandeira de Israel. Abaixo fotos deste especial evento. Além das fotos de uma cerimônia de acendimento de velas! (Hmm… embora não pareça haver 68 velas aí)
Bônus: segue um vídeo de El Salvador para que você sinta mais de perto, a verdadeira alegria que foi esta festa neste pequeno país.